quarta-feira, 7 de outubro de 2015
Hoje perdi um sol!
Hoje perdi um sol!
De nada serve o “amanhã ele voltará”.
Amanhã será outro, não o mesmo,
Como serei outro eu,
Como será outro mar, outras gaivotas, outras nuvens
e serão outros os reflexos na areia molhada.
Hoje, se quiser, devo valher-me de um sol antigo, já visto e já gravado.
Amanhã, se esta bola continuar a girar, o que espero ardorosamente,
Outro sol surgirá e, se puder, lá estarei eu, na fila do gargarejo, à espera
Para os digitais registros.
Ele não será o mesmo, assim como não será o mesmo
o tempo de fazer as coisas que ainda não fiz.
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