quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Passeios com Felipe.

Esta semana estivemos, eu e meu neto Felipe, na casa de minha cunhada Anatel.
Ficamos mais uma semana sem sinal telefônico e resolvi visitá-la.
Enquanto conversávamos, na varanda, a respeito dos inúmeros problemas que ocorrem nas telecomunicações, e que prejudicam sobremaneira os moradores das pequenas localidades, Felipe veio correndo, muito assustado, nos apontando para o gramado onde, a seu modo de ver, ocorria uma desgraça.
Um grande cachorro branco tinha trepado sobre uma cadelinha marrom e a estava “machucando”. Para corroborar essa impressão do menino, a cadela gritava sem parar. Eu fiquei meio sem jeito, mas Anatel sorriu.
Enquanto tentava encontrar as palavras adequadas para explicar, a uma criança tão pequena, o que ocorria, Anatel tomou a dianteira:
- Queridinho, não é nada não. Telefonica só vai estar fodendo a Clientela!
- Porra Anatel, assim não, devagar com o andor! – esbravejei eu – E ainda por cima no gerúndio?.
Sacudindo os ombros, minha cunhada esclareceu que o grande cachorro branco era filho de Telefo e de Nica, casal de cães de origem européia, e Clientela era uma cadelinha criada ali mesmo no bairro.
Clientela estava amarrada a uma corrente e não poderia fugir dali. Já Telefonica vivia em liberdade, à vontade, e podia fazer o que lhe desse na telha.
Quando nos despedimos, Felipe se negou a beijar a "tia".
Já no caminho de volta, com a cara amarrada, me perguntou:
- Porque a Clientela tava presa?
Antes mesmo que eu respondesse, soltou outra:
- Não gosto da Anatel!

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