quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Telefonica e Presunto

Uma destas frias e solitárias noites, depois de perambular com o controle remoto pelos canais de televisão assisti parte de um programa sobre gastronomia. O apresentador estava na Espanha e mostrava uma magnífica criação de porcos destinada à fabricação do Jamón Joselito (considerado o melhor presunto do mundo). Presunto que, diga-se de passagem, não é para o meu e nem para o seu bico, já que, na Internet, sem impostos, 100 gramas custam o equivalente a cinqüenta reais. Com o alto valor dos impostos nacionais, a menos que você seja cliente de uma daquelas lojas cujas proprietárias burlam impunemente o fisco, vai acabar pagando uns cem reais pelas tais cem gramas.
Bem, se isso não é recheio para o meu pão integral, por que é que me veio à cabeça?
Ocorre que desde o dia 23 do mês passado até o início da tarde de ontem eu e os moradores de Musácea ficamos sem telefone e, conseqüentemente, sem Internet. A empresa, espanhola como os anteriormente mencionados porcos, alegou problemas na central. Nas inúmeras ligações que fiz, de um celular que funciona quando quer, as atendentes sempre me diziam que o conserto estava previsto para o dia seguinte, o que demorou vinte e hum dias.
Então, se a manutenção da Telefonica é porca, se o serviço que prestam é porco e se são porcos tanto a atenção quanto o respeito pelos seus clientes (que não tem para onde fugir), ao menos deveriam nos mandar umas fatias do tal presunto para que pudéssemos ir degustando enquanto esperamos que as falsas promessas das atendentes se concretizem (fico imaginando o que sofrem essas moças sendo obrigadas a mentir todos os dias). Entre os clientes brasileiros e os porcos, fica a certeza que os empresários espanhóis tratam melhor os porcos.

Nenhum comentário: