quinta-feira, 8 de novembro de 2018

Coisas de memória, de perdas e de perdão.

A memória tem dessas coisas. Não tem dono, não tem controle. Assim, sem mais nem menos, libera determinadas lembranças que estavam quietas e permite que vejam a luz do dia ou da noite. No presente caso, permite que vejam a chuva que tem caído nestes dias. Há alguns dias a tal personalidade de vida própria aspirou ou espanou a poeira que encobria recordações de pessoas que se foram fisicamente. Alguém poderia argumentar que era época propícia dada a comemoração de finados. No rol dos que se ausentaram estão pai, mãe, irmãos, tios e tias, avó, parentes outros e amigos. Está a companheira de quase quatro décadas. Fica a gigantesca saudade e a falta que nos fazem, mas fundamentalmente a consciência do que deixamos de fazer ou do que não deveríamos ter feito. Só agora nos momentos de pedirmos perdão, é que damos conta do quanto andamos ausentes e do muito que poderíamos ter enriquecido nossas vidas e nossas atuais memórias.
   

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