sábado, 19 de dezembro de 2009

Maio, última paisagem.



Maio me encontrou preparando uma paisagem.
Em 19 tinha preparado as tintas, as cores.
Em 20, em lugar da impressão das matrizes, vieram as trevas.
Depois veio o choro, a solidão, o abandono.
Um dia vi que as folhas caiam e outras tomavam os seus lugares. Os galhos rebrotavam e se enchiam novamente de verdes. De todos os tons. Vi que os pássaros voavam como nunca tinham deixado de fazer. Mesmo nos dias mais tristes ou chuvosos.
Em setembro resolvi colocar as tintas nas matrizes e estas no papel.
Talvez não fossem os mesmos cinco sob o sol. Talvez fossem apenas quatro. Talvez fossem cinqüenta, quinhentos, cinco ou seis bilhões.
Depois que as cores voltaram aos papeis, também voltou o riso, a esperança.
Veio a notícia do novo menino, o Flávio da Yza e do Renato, que chuta a barriga da mãe querendo nascer e aí me dou conta de que os cinco, seis ou dez bilhões somos pequenos e frágeis. Constatamos que somos magníficos, como quaisquer dos outros seres que fazem parte do sistema, mas insignificantes diante da quantidade de folhas, flores, insetos, pássaros ou paisagens.
Descobrimos que apenas a nossa arrogância e prepotência nos dão a certeza da vida eterna.
O mundo, as galáxias, o universo, nos dão a vida. Farta, abundante, do dia de hoje, deste instante.
A nossa ganância é que recolhe, muito mais do que precisamos, para o futuro.
Não existe última paisagem. As paisagens passadas e de agora não se repetirão. Cada broto de folha, cada botão de flor, cada nuvem em movimento imprime uma nova.
Não se pode, como fazemos com as gravuras, numerar, assinar ou estocar paisagens.

Telefonica? Só com a força de São Expedito.

Pode ter certeza: não é perseguição!
O atendimento dos funcionários até que melhorou, estão mais simpáticos e atenciosos. O que continua não ocorrendo é o respeito ao consumidor por parte da empresa.
Apesar de toda a propaganda veiculada pela Telefonica alardeando a melhoria da prestação dos serviços, isso não ocorreu. E se o telefone funciona mal, a Internet da iTelefonica funciona pior ainda.
Você fica vários dias sem sinal. Algumas vezes o sinal aparece mas há cada três minutos a ligação cai. Se chove forte a água aparentemente carrega a linha e o sinal vai junto. Pode ser medo de enchente, mesmo sendo alto o local.
O que tem funcionado perfeitamente é o setor de cobrança. Todos os meses, regularmente, a conta chega com a cobrança dos serviços não fornecidos. Trata-se do famoso 171. Experimente o dono do boteco daqui vender sistematicamente um refrigerante, cobrar e o comprador perceber que dentro da latinha não havia nada além de ar. Com certeza vai dar polícia, juiz e até jornal .
Com a Telefonica, se você reclamar bastante, eles acabam dando um desconto, não sem antes informar que não encontraram nenhuma irregularidade. A maioria não reclama e fica por isso mesmo. Para a Anatel não adianta recorrer. Quem sabe ao padroeiro das causas impossíveis.
São Expedito, rogai por nós, dai um jeito nessa boca-de porco, nessa espelunca e fazei com que não surrupiem nosso rico dinheirinho. Amém.